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domingo, 11 de agosto de 2013

Decisões sobre a estrutura organizacional

Para a definição de qual estrutura é a mais adequada a uma organização, deve-se conhecer quais são os objetivos e o papel social dela, deste modo, pode-se escolher uma estrutura em linha, linha-staff, funcional ou matricial. Se for feito o processo inverso, ou seja, primeiro escolher a estrutura, os objetivos organizacionais poderão não ser compatíveis com o modelo escolhido, afetando e comprometendo a eficácia organizacional, ocasionado até mesmo um processo entrópico.
Com o desenho organizacional definido por um organograma, tem-se outras escolhas a fazer: descentralizar ou centralizar as decisões. Deve-se analisar as vantagens e desvantagens de cada uma e verificar se os produtos ou serviços oferecidos pela organização demandam uma centralização ou descentralização das tomadas de decisões. Através disso, pode-se definir qual a margem de controle apropriada ao tipo de estrutura. A organização centralizada talvez precise de margens de controle menores, e a descentralizada pode recorrer a margens maiores, pois supõe-se que os funcionários estejam treinados e preparados, não necessitando de muita supervisão.
Através da semelhança, podemos relacionar as organizações centralizadas com as mecanicistas devido a pouca flexibilidade e a alta padronização que estas possuem. E as descentralizadas com as orgânicas, pelo fato de ambas possuírem a liberdade no fluxo de informações e muita flexibilidade. A alta formalização das organizações mecanicistas garante a eficácia organizacional, porém, poderá engessá-la, sendo essa paralização uma desvantagem da alta burocratização. Alguns meios de formalização são: manualização de normas, procedimentos e processos; descrição de cargos, entre outros. Os processos também poderão ser sistematizados por meio de fluxogramas.
Outra escolha relevante é a do tipo de departamentalização, ou seja, como serão agrupadas as atividades da empresa. As atividades podem ser departamentalizadas por funções, produtos, processos, clientes ou território geográfico. Uma loja varejista que revende produtos de vestuário poderá, por exemplo, departamentalizar por cliente: infantil, juvenil, adulto e terceira idade.
Não adianta adequar sua estrutura aos objetivos organizacionais e realizar uma diferenciação horizontal (departamentalização) ou vertical (níveis hierárquicos), se não houver uma integração, ou seja, uma boa comunicação e relação interdepartamental. É como um corpo humano, onde cada órgão é um departamento, havendo toda essa diferenciação de órgãos, será necessário haver a integração entre eles, para que o todo funcione harmoniosamente.