Para a definição de qual
estrutura é a mais adequada a uma organização, deve-se conhecer quais são os
objetivos e o papel social dela, deste modo, pode-se escolher uma estrutura em
linha, linha-staff, funcional ou matricial. Se for feito o processo inverso, ou
seja, primeiro escolher a estrutura, os objetivos organizacionais poderão não
ser compatíveis com o modelo escolhido, afetando e comprometendo a eficácia
organizacional, ocasionado até mesmo um processo entrópico.
Com o desenho organizacional
definido por um organograma, tem-se outras escolhas a fazer: descentralizar ou
centralizar as decisões. Deve-se analisar as vantagens e desvantagens de cada
uma e verificar se os produtos ou serviços oferecidos pela organização demandam
uma centralização ou descentralização das tomadas de decisões. Através disso,
pode-se definir qual a margem de controle apropriada ao tipo de estrutura. A
organização centralizada talvez precise de margens de controle menores, e a
descentralizada pode recorrer a margens maiores, pois supõe-se que os
funcionários estejam treinados e preparados, não necessitando de muita supervisão.
Através da semelhança,
podemos relacionar as organizações centralizadas com as mecanicistas devido a
pouca flexibilidade e a alta padronização que estas possuem. E as descentralizadas
com as orgânicas, pelo fato de ambas possuírem a liberdade no fluxo de
informações e muita flexibilidade. A alta formalização das organizações
mecanicistas garante a eficácia organizacional, porém, poderá engessá-la, sendo
essa paralização uma desvantagem da alta burocratização. Alguns meios de
formalização são: manualização de normas, procedimentos e processos; descrição
de cargos, entre outros. Os processos também poderão ser sistematizados por
meio de fluxogramas.
Outra escolha relevante é a
do tipo de departamentalização, ou seja, como serão agrupadas as atividades da
empresa. As atividades podem ser departamentalizadas por funções, produtos,
processos, clientes ou território geográfico. Uma loja varejista que revende
produtos de vestuário poderá, por exemplo, departamentalizar por cliente:
infantil, juvenil, adulto e terceira idade.
Não adianta adequar sua
estrutura aos objetivos organizacionais e realizar uma diferenciação horizontal
(departamentalização) ou vertical (níveis hierárquicos), se não houver uma
integração, ou seja, uma boa comunicação e relação interdepartamental. É como
um corpo humano, onde cada órgão é um departamento, havendo toda essa
diferenciação de órgãos, será necessário haver a integração entre eles, para
que o todo funcione harmoniosamente.